A culpa não é do Ceni

 Boa noite, meus amigos, quanto tempo não escrevia aqui, não é mesmo? A real é que nos últimos anos acumulei alguns trabalhos, fora que em 2020 sai como candidato a vereador em minha cidade, no ano seguinte, trabalhei em alguns projetos que demandaram parte do meu tempo e em 2022 entrei como assistente administrativo e informático no IBGE. Com isso quase não postei mais nada por aqui há uns três anos. 


Rogério Ceni
Por SOCCER DIGITAL - <a rel="nofollow" class="external free" href="https://www.flickr.com/photos/soccerdigital/52174754402/">https://www.flickr.com/photos/soccerdigital/52174754402/</a>, CC BY-SA 4.0, Hiperligação

Chega de vida pessoal, bora para o São Paulo;

Passado oito dias depois do vice da sul-americana e há dez pontos da zona de rebaixamento (até que não é de tudo ruim), hoje o tricolor chegou a mais uma derrota, dessa vez  foi para o Botafogo em pleno Morumbi. É preciso lembrar antes que é válido a indignação do torcedor, o Botafogo que por muito tempo foi um grande freguês do São Paulo, que apanhava dos paulistas em pleno Rio de Janeiro, se tornou hoje uma grande pedra no sapato do clube da Vila Sônia.

O Ceni vacila, mas ele não é o problema;

Poderia citar vários erros do Ceni nessa publicação, como, por exemplo, a insistência dele com o Igor Gomes ou com substituições que mais ajudam do que atrapalham, só que, no entanto, isso seria o oposto do que foi escrito no título do artigo: “A culpa não é do Ceni”.

Enquanto não tocarmos na ferida, o discurso nunca mudará;

Entra técnico, passa técnico, e o discurso sempre é o mesmo, #foradiniz, #foraaguirre, #foracrespo e por fim #foraceni (que também foi muito usado há cinco anos). O fato é que o tempo vai passando e o time não evolui, fica sempre na mesma, lutando para não ser rebaixado, esperando um milagre um dia voltar a conquistar o campeonato brasileiro, uma sul-americana e porque não, a Libertadores. Só que enquanto isso é mais fácil queimarmos os nomes dos treinadores do que identificarmos o que de fato está acontecendo.

Do #foraaguirre

Diego Aguirre
Por <a rel="nofollow" class="external text" href="https://m.youtube.com/c/ShowdoEsporte">Show do Esporte</a> - <a rel="nofollow" class="external free" href="https://m.youtube.com/watch?v=UdunxbRPhYw&amp;feature=youtu.be">https://m.youtube.com/watch?v=UdunxbRPhYw&amp;feature=youtu.be</a>, CC BY 3.0, Hiperligação

O treinador uruguaio chegou em um momento que o tricolor passou exatos dois anos lutando para não ser rebaixado, sendo que no ano anterior de sua chegada, em 2017, por muito menos o tricolor não foi rebaixado. Conseguindo a salvação nos últimos jogos, devido à incompetência dos outros adversários e a motivação da torcida que nunca deixou de apoiar o time. 
 Porém, em 2018 o jogo virou, o Aguirre chegou, vimos Diego Souza e Nene jogando lado a lado, e diferente do esperado o tricolor foi campeão do primeiro turno. 
 Tudo ia bem, até a história terminar, como todos já sabem, aconteceu uma panelinha lá dentro com os jogadores, e no piscar dos olhos aquele time entregou o título de bandeja aos palmeirenses que se “consagraram” o maior campeão do torneio. 
Ainda na liderança, muitos torcedores gritaram Fora Aguirre, fizeram uma algazarra para tirar o Aguirre do clube, para no fim o clube se contentar com uma vaga na pré-libertadores, cujo qual o time teve a incompetência de cair já na primeira fase diante dos Talheres.

Do #foradiniz

O atual treinador do Fluminense, o Diniz, também passou pelo São Paulo, chegando de uma forma desastrosa no ano de 2020 (época da pandemia, após os jogos terem sido pausados por alguns meses). Na libertadores o São Paulo caiu na fase de grupos, o que enraivou parte da torcida, mas que não foi motivo para crucificação do treinador, visto que no brasileiro a situação era outra. 
Na metade do segundo semestre de 2020, o tricolor voava no brasileiro e na Copa do Brasil, pela segunda vez em dois anos foi campeão novamente do primeiro turno, e não tinha time capaz de parar na CdB (se bem que o Fortaleza nos assombrou). Até nos clássicos o tricolor estava se dando bem, acabando inclusive com um jejum de não conseguir vencer o São Paulo no novo Allianz Parque.
Porém, só foi chegar o fim do ano, quando foi eliminado pelo Grêmio na semifinal da Copa do Brasil que o desastre veio a tona. A partir dai, o tricolor perdeu muitos pontos, inclusive conseguindo a proeza de ser goleado pelo Red Bull Bragantino no Morumbi, até perder o título para o Flamengo.
Nesse meio tempo, assim como em 2018, o problema caiu cima do Fernando Diniz, o mesmo treinador que apresentava bons resultados no primeiro turno, foi responsabilizado pelo desastre do segundo turno. Para entender o nível caótico que a equipe chegou, foi a proeza de perder para o já rebaixado Botafogo (olha ele aqui de novo) e acabar com qualquer chance de lutar pelo título. 
Vale ressaltar que até hoje o Diniz é responsabilizado pela perda do título brasileiro na edição de 2020.

Do #foracrespo

Hernán Crespo
Por <a rel="nofollow" class="external text" href="https://www.flickr.com/people/121676765@N07">@cfcunofficial (Chelsea Debs) London</a> from London, UK - <a rel="nofollow" class="external text" href="https://www.flickr.com/photos/cfcunofficial/27457022797/">Chelsea Legends 1 Inter Forever 4</a>, CC BY-SA 2.0, Hiperligação

O Crespo chegou na época que a equipe estava bastante desacreditado devido à perca do título sob o comando do Diniz. Todavia, não deixou o time se desmotivar pelo acontecido, e fez com que o time chegasse a final e acabasse um jejum de nove anos sem conquistar um título de expressão, e aí foi a alegria do torcedor. Anos com o grito de “é campeão” entalado na garganta foram finalmente soltos e livre. Só por isso o Crespo poderia ser o grande ídolo do tricolor, certo? Errado! Foi uma das vítimas da torcida, com o time lutando para não ser rebaixado no brasileiro, pela fatídica eliminação na Libertadores pelo Palmeiras, e na Copa do Brasil, para o Fortaleza, não demorou muito para ter seu nome no Death Note do torcedor do Morumbi.

E com o Rogério Ceni não é diferente;

O #ForaCeni que vemos hoje nada mais é que o retrato do que o que aconteceu com não só esses treinadores citados, mas como vários outros que tiveram sua reputação queimada pela torcida. A diferença é que o Rogério foi um dos maiores ídolos como jogador e sairá como um dos maiores vilões como treinador, e isso com certeza, fará com que o caso dele seja pior. 

A torcida pega pesado, mas não exime o Rogério de parte da responsabilidade;

É claro que não ficaremos aqui várias linhas passando pano para o treinador. Ele cometeu vários erros, e um deles bem explicito por mim, que foram a escalação do Igor Gomes como titular, mesmo o meia não merecendo, e o problema com as substituições. Fora que, perdeu muitos pontos a toa no Campeonato Brasileiro.

A culpa é de quem?

No fim, não temos uma resposta precisa, nesses últimos nove anos de caos, já passaram diversos treinadores, jogadores vestiram e tiraram o nosso manto, alguns foram revelados pela base e depois foram para a europa e assim foi indo. O presidente mudou passamos pelo Leco e agora estamos com o Casares, e assim vai indo. Talvez o que falte para o São Paulo é virar SAF, e quem sabe tentar um rumo diferente igual está acontecendo com o Cruzeiro, mas enfim, só o tempo mostrará a solução para salvar o tricolor paulista.

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